Para eles, tudo é uma grande aventura. Sem pensar duas vezes, os cães do Corpo de Bombeiros Voluntários de Caçador adentram no meio do mato, atravessam morros e córregos, reviram escombros e, ainda ajudam a solucionar problemas, principalmente encontrando pessoas desaparecidas, sejam elas vivas, ou já em óbito. Atualmente, a Corporação conta com três cães da raça Pastor-belga Malinois. Na Corporação eles são conhecidos carionhosamente por Loba, Fire e Malu.
Como em qualquer trabalho que une um cão e um ser humano, é preciso haver muita cumplicidade entre o bombeiro voluntário e o cão. Juntos, eles formam o que se chama Binômio. Em uma tradução literal da palavra binômio, ela significa a união cachorro e homem, transformada em apenas um ser, que irá contribuir efetivamente para a comunidade. Por isso, cada cão da corporação tem o seu Bombeiro com que forma o binômio. A Malu faz parceria com o Luiz Felipe; Fire faz parceria com o Edson Virgilio e finalmente a Loba, que é parceria do Bombeiro Jackson Mandelli.
E para fazer parte do seleto grupo de salvamento, não bastam ter o faro apurado, os cães precisam ser curiosos, dóceis e brincalhões. Mandelli, chefe da comunicação social dos Bombeiros, explica que os cães passam por um longo período de treinamento. “Eles começam a treinar com três meses de vida. Esses cães já estão treinando a um ano e seis meses, já estão aptos para atuar em qualquer ocorrência. No ano que vem eles serão certificados pela Confederação Brasileira de Cinofilia”, destaca.
Relação de confiança
Conforme o Bombeiro Mandelli, o animal deve conhecê-lo perfeitamente, ser capaz de interpretá-lo, ou seja, estar atento a todas as suas reações. Quanto ao cão, ele explica que deve confiar plenamente em seu treinador.“Os cães são mantidos pela Corporação dos Bombeiros Voluntários, mas eles vivem com o Bombeiro que o adestra, com o seu binômio. Até para conhecer, pegar intimidade, eles ficam conosco. E sempre que precisar, eles estão à disposição para atuar nas ocorrências”, explica.